Menino com doença 'incomum' e que deveria ficar 4 anos sem andar se levanta da cadeira após nova abordagem médica; VÍDEO

Morador de Itanhaém, no litoral de São Paulo, Kauan Francisco de Oliveira, de 6 anos, possuí a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes, quadro que causa falta temporária de fornecimento de sangue à cabeça do fêmur. Ele estava há cinco meses sem andar e colocar peso nas pernas. Menino com doença 'incomum' volta a andar após mudança de tratamento O menino Kauan Francisco de Oliveira, de 6 anos, diagnosticado com a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes, um quadro passageiro causado pela falta de fornecimento de sangue para região da cabeça do fêmur, o maior osso do corpo humano, voltou a andar após cinco meses - até então ele seguia com um tratamento conservador, que previa que o menino ficasse sem caminhar por dois a quatro anos. À reportagem, a mãe Jane Francisco, de 37 anos, contou que o ortopedista pediátrico Fábio Peluzo entrou em contato com a família e ofereceu auxílio médico após ler sobre a condição do menino em reportagem no g1. Com o consentimento da família, portanto, mudou o tratamento do garoto, que voltou a colocar os pés no chão. Feliz com a reviravolta, e a nova oportunidade, a mãe compartilhou os primeiros passos de Kauan após cinco meses sem levantar. (Veja o vídeo acima). "Eu falei para o Kauan, 'o médico está falando que você pode andar', ele olhou com uma cara de felicidade para mim, já levantou e começou a andar. Eu fiquei bem surpresa porque já fazia muito tempo que ele não estava andando [...]. Nossa, ele ficou muito feliz, está até agora", disse Jane. Kauan Francisco de Oliveira, de 6 anos, volta a andar em novo tratamento proposto pelo ortopedista pediátrico Fábio Peluzo Arquivo Pessoal Novo tratamento O antigo tratamento foi proposto por um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Ao g1, o ortopedista pediátrico Fábio Peluzo disse acreditar não ser necessário parar de andar totalmente, pois a musculatura e a parte óssea podem ficar fracas. Mas, é preciso ter cuidados. "Ele pode andar com uma muletinha em casa e em curtas distâncias [...]. Tem que ser um caminhar restrito, não pode jogar uma bola e fazer esporte com carga. Mas, por exemplo, fazer uma natação ou hidroterapia é ótimo para ele. Precisa fazer. Ele precisa manter mobilidade desse quadril", afirmou o especialista. O médico conseguiu que Kauan seja atendido, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no centro de reabilitação infantil Casa da Esperança de Santos (SP). No local, ele terá acesso a mais sessões de fisioterapia e hidroterapia [tratamento dentro de uma piscina]. Além disso, Kauan utilizará uma órtese, aparelho que permite alinhar, corrigir ou regular uma parte do corpo, durante 12 horas por dia, e fará radiografias a cada dois meses para acompanhar a evolução da Síndrome de Legg-Calvé-Perthes. Segundo Peluzo, o objetivo é não deixar a cabeça do fêmur sair do lugar. Caso isso aconteça, será necessário a intervenção com cirurgia. O médico acrescentou, ainda, que, por ser uma doença temporária, acredita que Kauan voltará a viver normalmente no final deste ano. "Eu estou com muita esperança, mais aliviada e confiante que ele vai sair dessa. O meu medo era ele ficar muito tempo deitado e acabar atrofiando os nervos, eu já pensava nessa possibilidade porque já tinham me falado", finalizou a mãe. Menino de 6 anos é diagnosticado com Síndrome de Legg-Calvé-Perthes Arquivo Pessoal Síndrome de Legg-Calvé-Perthes De acordo com o médico e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) Marcus Vinicius Moreira, a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes é caracterizada pela falta temporária de chegada de sangue na cabeça do fêmur, sem motivação conhecida. Segundo ele, trata-se de uma doença "incomum" e ocorre na proporção de um caso a cada 15 mil habitantes. O especialista acrescentou que a doença não atinge adultos. Os mais afetados são meninos, geralmente entre dois e 12 anos. A Síndrome de Legg-Calvé-Perthes é passageira e tem dois tipos de tratamento. O tratamento conservador é o caso de 75% das crianças diagnosticadas com a síndrome e consiste em medicações para controle da dor, proteção de carga, fisioterapia e imobilizações com gessos e órteses — aparelho que permite corrigir uma parte do corpo. Já os outros 25% precisam de interferência cirúrgica, que varia conforme o quadro clínico. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

Menino com doença 'incomum' e que deveria ficar 4 anos sem andar se levanta da cadeira após nova abordagem médica; VÍDEO

Morador de Itanhaém, no litoral de São Paulo, Kauan Francisco de Oliveira, de 6 anos, possuí a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes, quadro que causa falta temporária de fornecimento de sangue à cabeça do fêmur. Ele estava há cinco meses sem andar e colocar peso nas pernas. Menino com doença 'incomum' volta a andar após mudança de tratamento O menino Kauan Francisco de Oliveira, de 6 anos, diagnosticado com a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes, um quadro passageiro causado pela falta de fornecimento de sangue para região da cabeça do fêmur, o maior osso do corpo humano, voltou a andar após cinco meses - até então ele seguia com um tratamento conservador, que previa que o menino ficasse sem caminhar por dois a quatro anos. À reportagem, a mãe Jane Francisco, de 37 anos, contou que o ortopedista pediátrico Fábio Peluzo entrou em contato com a família e ofereceu auxílio médico após ler sobre a condição do menino em reportagem no g1. Com o consentimento da família, portanto, mudou o tratamento do garoto, que voltou a colocar os pés no chão. Feliz com a reviravolta, e a nova oportunidade, a mãe compartilhou os primeiros passos de Kauan após cinco meses sem levantar. (Veja o vídeo acima). "Eu falei para o Kauan, 'o médico está falando que você pode andar', ele olhou com uma cara de felicidade para mim, já levantou e começou a andar. Eu fiquei bem surpresa porque já fazia muito tempo que ele não estava andando [...]. Nossa, ele ficou muito feliz, está até agora", disse Jane. Kauan Francisco de Oliveira, de 6 anos, volta a andar em novo tratamento proposto pelo ortopedista pediátrico Fábio Peluzo Arquivo Pessoal Novo tratamento O antigo tratamento foi proposto por um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Ao g1, o ortopedista pediátrico Fábio Peluzo disse acreditar não ser necessário parar de andar totalmente, pois a musculatura e a parte óssea podem ficar fracas. Mas, é preciso ter cuidados. "Ele pode andar com uma muletinha em casa e em curtas distâncias [...]. Tem que ser um caminhar restrito, não pode jogar uma bola e fazer esporte com carga. Mas, por exemplo, fazer uma natação ou hidroterapia é ótimo para ele. Precisa fazer. Ele precisa manter mobilidade desse quadril", afirmou o especialista. O médico conseguiu que Kauan seja atendido, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no centro de reabilitação infantil Casa da Esperança de Santos (SP). No local, ele terá acesso a mais sessões de fisioterapia e hidroterapia [tratamento dentro de uma piscina]. Além disso, Kauan utilizará uma órtese, aparelho que permite alinhar, corrigir ou regular uma parte do corpo, durante 12 horas por dia, e fará radiografias a cada dois meses para acompanhar a evolução da Síndrome de Legg-Calvé-Perthes. Segundo Peluzo, o objetivo é não deixar a cabeça do fêmur sair do lugar. Caso isso aconteça, será necessário a intervenção com cirurgia. O médico acrescentou, ainda, que, por ser uma doença temporária, acredita que Kauan voltará a viver normalmente no final deste ano. "Eu estou com muita esperança, mais aliviada e confiante que ele vai sair dessa. O meu medo era ele ficar muito tempo deitado e acabar atrofiando os nervos, eu já pensava nessa possibilidade porque já tinham me falado", finalizou a mãe. Menino de 6 anos é diagnosticado com Síndrome de Legg-Calvé-Perthes Arquivo Pessoal Síndrome de Legg-Calvé-Perthes De acordo com o médico e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) Marcus Vinicius Moreira, a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes é caracterizada pela falta temporária de chegada de sangue na cabeça do fêmur, sem motivação conhecida. Segundo ele, trata-se de uma doença "incomum" e ocorre na proporção de um caso a cada 15 mil habitantes. O especialista acrescentou que a doença não atinge adultos. Os mais afetados são meninos, geralmente entre dois e 12 anos. A Síndrome de Legg-Calvé-Perthes é passageira e tem dois tipos de tratamento. O tratamento conservador é o caso de 75% das crianças diagnosticadas com a síndrome e consiste em medicações para controle da dor, proteção de carga, fisioterapia e imobilizações com gessos e órteses — aparelho que permite corrigir uma parte do corpo. Já os outros 25% precisam de interferência cirúrgica, que varia conforme o quadro clínico. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos